Os desafios de lidar com times híbridos… e liderá-los!

Mais do que home office, o “office everywhere” talvez tenha vindo para ficar.

Já imaginou ter, na sua empresa, os melhores profissionais de cada área, sem limitação geográfica? A pandemia terminou de abrir nossos olhos para o trabalho à distância, transformando o que era uma possibilidade remota em uma realidade urgente, da ordem do “agora”.

Antes dela, outras crises mundiais mexeram pauzinhos poderosos, impactando profunda e irreversivelmente nossa relação com o trabalho.

Recapitulando…
A Revolução Industrial deslocou a força de trabalho até então concentrada no campo para grandes fábricas, enquanto a Segunda Guerra marcou o primeiro passo da inserção feminina no mercado. Já os anos 1990, com a chegada dos Pc’s e e-mails, foi um divisor de águas no boom tecnológico que vivenciamos dali em diante.

Corta para 2020. Quando o isolamento social se tornou necessário, com a covid-19, equipes migraram para suas casas, os negócios tiveram que se adaptar rapidamente ao modelo remoto e, no caso dos comércios, às plataformas de delivery. O estranhamento inicial foi superado aos poucos e tivemos um longo período pandêmico para aprender a lidar com o novo cenário. Quem não se adaptou à essa lógica ou tinha muito caixa para se manter ou foi completamente engolido pela boca grande do mercado.

As vacinas avançaram, os números de casos diminuíram e tudo voltou a ser como antes, correto? Errado. Bom, ao menos em tese – uma vez que ninguém deveria ignorar as lições valiosas desse período, uma vez que o tempo, os desafios e os aprendizados nos mudam e nos moldam de tal forma que o “antes” já não deveria mais fazer sentido.

Então, quer dizer todas as empresas devem seguir com o modelo 100% remoto? Provavelmente, não. Mas, como dissemos acima, o trabalho híbrido saiu do campo da possibilidade para se tornar uma realidade. E, convenhamos, já deu mais do que tempo de nos adaptarmos a ela.

Reunimos, abaixo, alguns dos principais desafios que você irá encontrar, lembrando que desafios são inerentes a qualquer caminhada de sucesso.

Comunicação
É de se esperar que a dependência da tecnologia cria desafios básicos de comunicação – a comunicação como um todo, aliás, é um dos maiores gargalos das relações, sejam elas de qualquer natureza.

Inicialmente, tivemos que vencer dificuldades tecnológicas quando, lá em março de 2020, fizemos a transição para o trabalho totalmente remoto. Entretanto, isso não quer dizer que todos os desafios tenham sido vencidos. A transição para o trabalho híbrido também reserva dificuldades. Há desde de dificuldades de ordem prática (e tecnológica), como checar se os sistemas de videoconferência estão totalmente à altura das necessidades do trabalho híbrido, a questões que repousam mais sobre o cerne da comunicação.

A comunicação em equipes remotas e híbridas pode ser complicada pelo fato de algumas pessoas se sentirem mais à vontade para falar em telas do que outras, citando aqui apenas um exemplo.

Coordenação
Todo trabalho colaborativo envolve coordenação, mas trabalhar em equipes híbridas traz um maior risco sobretudo no que diz respeito a “ruídos” na comunicação. Se não houver uma coordenação atenta, é possível que a parte da equipe que atua de forma remota fique de fora de pequenas trocas e decisões tomadas por aqueles que estão trabalhando juntos de forma presencial.

Criatividade
De acordo com artigo publicado por Martine Haas, dois tipos de criatividade estão ameaçados pelo trabalho híbrido.

“Talvez a mais óbvia seja a criatividade coletiva: as pessoas podem fazer brainstorming via zoom, mas tempos e formatos programados para gerar ideias podem não ser tão frutíferos quanto as conversas mais fluidas, barras laterais e coisas inesperadas que podem acontecer quando trocamos ideias com outras pessoas ou trabalhar intensamente na solução de um problema em conjunto”.

Ele acredita que a criatividade individual também pode ser ameaçada, uma vez que, a longo prazo, a introspeção e a ausência de troca com outras pessoas sem ser por meio da tela podem ser, digamos assim, menos estimulantes para a geração de ideias e insights.

Desde momentos mais formais, como reuniões, aos mais informais, a exemplo de conversas no refeitório ou o próprio trajeto de ida e volta para casa, podem ajudar a oxigenar e favorecer o surgimento de boas ideias.

Cultura
Quando lidaram pela primeira vez com o trabalho remoto, como se tratava de algo novo para os times, muitos mantiveram-se engajados. Sem falar que já estavam alinhados uns aos outros e à cultura da empresa.

Quando novos colaboradores entram em cena, sem um período presencial de adaptação às normas, ao dia a dia, aos valores e aos demais profissionais e setores da empresa uma grande dificuldade pode se impor.

Socializar os recém-chegados e integrá-los à cultura da empresa é fundamental, sem falar que sustentar uma cultura positiva e um forte compromisso organizacional também segue sendo importante para os veteranos.

Esse e os demais entraves podem ser contornados com uma liderança eficiente e atenta às questões internas e externas, que busca se preparar e reciclar constantemente, ciente de que os desafios são sempre muitos e sempre outros.

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Escrito por

Escola Vooa