Soft Skills: o que são, e por que importam?

Muitos fatores afetam o desempenho de um dado funcionário de uma empresa, e existe uma nomenclatura corporativa que divide esses fatores em duas classes: Hard Skills e Soft Skills. A primeira refere-se a dados técnicos acerca da formação educacional e experiência do indivíduo: diplomas de universidades, certificados de cursos, fluência em múltiplas línguas e ocupações anteriores. Tendem a ser recursos de fácil verificação e alta especificidade, indicando características objetivas do perfil profissional a ser analisado.

Durante muito tempo, acreditava-se que as Hard Skills representam o maior indicador da performance de um trabalhador; entretanto, um estudo realizado pelo Linkedin em 2019 indicou que as Soft Skills estão se tornando tão desejáveis quanto sua contrapartida; outro estudo pela Deloitte Access Economics indica que um terço das empresas consultadas possam até preferi-los acima das Hard Skills.

E o que são essas Soft Skills? Referem-se à qualidades de natureza subjetiva, emocional e interpessoal de um indivíduo. O World Economic Forum, em seu relatório anual “The Future of Jobs”, definiu em 2020 a seguinte lista das Soft Skills mais desejadas no mercado:

1 – Resolução de Problemas Complexos: É necessário saber trabalhar de forma criativa, engenhosa e determinada; superar situações que aparentam não ter solução é um grande diferencial.

2 – Pensamento Crítico: Quanto à capacidade para antecipar problemas e analisar situações de maneira construtiva.

3 – Criatividade: Para a criação de novos métodos, soluções e ideias em geral.

4 – Gestão de Pessoas: Essencial em diversas áreas; uma equipe formada por relações harmônicas possui maior eficiência.

5 – Liderança e Influência Social: Um líder estratégico, empático e equilibrado ajudará sua equipe a refletir suas qualidades.

6 – Pensamento Analítico e Inovação: Relacionados ao Pensamento Crítico; de alto valor na área de análise de dados, a capacidade para analisar circunstâncias presentes, possíveis cenários futuros e reagir de maneira inovativa é essencial.

7 – Resiliência, Tolerância e Flexibilidade: Para o bem-estar coletivo dos funcionários e o mantimento de boas relações. Metodologias de trabalho amigáveis e flexíveis também beneficiam a moral da equipe.

8 – Inteligência Emocional: No contexto da capacidade para detectar saliências emocionais, conciliar discordâncias e acolher situações delicadas.

9 – Persuasão e Negociação: Lábia é algo que não pode ser medido por um número; ela se demonstra na ação direta do trabalhador.

10 – Gestão do Tempo: Pontualidade e aderência a um cronograma bem-organizado são outros fatores que não se verificam em um currículo; demonstram-se no dia-a-dia.

11- Aprendizado Ativo: Refere-se à capacidade para absorver e aplicar novas informações, bem como a adaptabilidade do profissional a diferentes situações.

Tais habilidades são, tradicionalmente, desenvolvidas através de vivência pessoal, amadurecimento e autoconhecimento; parâmetros profundamente relativos e moldáveis. Assim, também existem cursos que focam em desenvolver a aptidão de um indivíduo ou grupo quanto a Soft Skills. Detectar estas em uma entrevista de emprego e desenvolvê-las entre os membros de sua equipe trará benefícios robustos ao seu trabalho.

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Escrito por

Thiago Sousa