LIDERANÇAS FEMININAS EM FOCO NO VAREJO

Na última semana, os olhos do varejo voltaram-se para o NRF 2022, o maior evento de setor no mundo.

Entre pautas como evolução dos negócios digitais, metaverso e iniciativas relacionadas à ESG (traduzido do inglês — governança ambiental, social e corporativa) e DE&I (diversidade, equidade e inclusão), a edição deste ano também destacou como as habilidades mais associadas às mulheres têm sido requisitadas pelo mercado, abrindo um possível caminho para novas definições de liderança.

O painel que reuniu Amira El-Gawly, fundadora e CEO da Manifesta; Ana Henriques, VP Global da AB Inbev, e Amy Salcido, General Manager da Kryndryl, trouxe diversos insights acerca do tema.

Ana Henriques, por exemplo, afirmou que este é o momento da empatia, da colaboração, da capacidade de comunicação – ponto para nós, mulheres, uma vez que são soft skills normalmente associadas à liderança feminina.

Amy Salcido, por sua vez, defendeu que as mulheres também possuem vantagem competitiva no cenário atual por se sentirem mais confortáveis com ambientes incertos e voláteis como estes que ainda atravessamos com o prolongamento da pandemia. “Mulheres compartilham sua vida, assumem papeis, em casa e na empresa. Não aconselho ninguém a se esconder por trás de papeis distintos. A mulher deve ser autêntica e valorizar essa autenticidade. Isso é essencial para um líder”, afirmou ela.

A brasileira Ana Henriques enfatizou sua origem, bem como a paixão e a dedicação pelo trabalho como um diferencial. Em sua participação, ela destacou que sempre procurou valorizar as vantagens competitivas dos integrantes dos times para que pudessem performar melhor e se sentirem aptos a explorar seu potencial.

Em meio a todos os pontos levantados, foi inevitável não falar sobre as mudanças na forma de trabalho e em como os impactos da pandemia e os avanços da digitalização tornam características como a adaptabilidade e um olhar mais humanizado sobre as relações algo crucial para a liderança.

Nesse sentido, o painel despertou para uma maior conscientização de que o uso dessas soft skills deve ser construção diária, que demanda sobretudo transparência e consistência no diálogo.

Os modelos existentes, baseados nas “hard skills”, passam a ser não mais determinantes para levar os times a superar desafios e incertezas.

Os desafios da liderança feminina nos próximos ciclos, portanto, estarão relacionados ao envolvimento de times, a fim de mostrar, de uma vez por todas, que as habilidades femininas podem trazer ganhos positivos às empresas e que podem, sim, ser aprendidas e desenvolvidas com o tempo – o que vai de encontro ao conceito de growth mindset adotado pela Vooa.

A liderança, na verdade, são as lideranças, no plural. Nestes tempos, o conceito de sucesso se desvincula de uma ideal solitário para abraçar a coletividade, com muito mais empatia, colaboração, narrativa, motivação e diálogo – características que, repito, encontramos em nós mesmas. Resta apenas que as lapidemos, desenvolvamos dia a dia junto aos nossos times.

Fernanda Veras
CEO e Coordenadora do Programa de Liderança Feminina da VOOA

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